terça-feira, 8 de julho de 2014

Monte Camarões

O Monte Camarões integra-se numa zona de atividade vulcânica, associada a um hot spot, conhecida pela Linha vulcânica dos Camarões, que se estende desde as ilhas de São Tomé e Príncipe até às montanhas do Tibesti, no Chade. 

Esta linha inclui o lago Nyos, onde uma súbita libertação de gases provocou em 1986 a morte a pelo menos 1800 pessoas nas aldeias vizinhas. Nos flancos do vulcão e nas áreas circundantes existem mais de 100 cones parasitas, alguns de grandes dimensões, alinhando-se ao longo de linhas de fractura. O edifício total do Monte Camarões tem um volume estimado de 1400 quilómetros cúbicos, fazendo dele um dos grandes vulcões da Terra. 

Uma segunda zona de erupção, mais antiga e agora inativa, denominada Monte Etindi (ou Pequeno Camarões), localiza-se no flanco sul, próximo à costa. O Monte Etindi atinge os 1715 m de altitude. O vulcão tem produzido essencialmente materiais basálticos e traquibasálticos, formando um horst vulcânico sobre as rochas metamórficas do Pré-Câmbrico, recobertas por sedimentos datando do Cretáceo ao Quaternário, pré-existentes na região. 

O Monte Camarões é o vulcão mais ativo do oeste africano, tendo numerosas erupções registadas (1650, 1807, 1825, 1838, 1852, 1865, 1866, 1871, 1909, 1922, 1925, 1954, 1959, 1982, 1999 e 2000), a mais antiga das quais ocorreu no século V a.C. e foi observada pela expedição cartaginesa capitaneada por Hanno.

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